O que é um desastre urbano

A organização das cidades depende de uma série de relações frágeis entre recursos, que rapidamente desaparecem após um desastre.

Cidades modernas são estruturas complexas e frágeis: basta uma tempestade mais forte, um acidente grave (aéreo, ferroviário, industrial, etc.) ou um atentado bem-sucedido para impedir que o trânsito circule, que as comunicações se completem, que o comércio opere, qua haja energia... e assim as cidades param de funcionar, parcial ou totalmente, até que alguém as conserte, impedindo, entre outras coisas, que você chegue em casa pelas vias normais.

O seu planejamento pessoal para lidar com essa situação é uma maneira de você se integrar ao movimento das organizações de Defesa Civil brasileiras que vêm investindo no conceito de resiliência, a capacidade (neste caso, das cidades) de tolerar ou rapidamente absorver o impacto das causas comuns de desastres urbanos.

Os próprios planos oficiais de resiliência urbana incluem o detalhamento dos principais riscos de Desastre Urbano a que cada área está sujeita. Vejamos, por exemplo, o trecho que abre a nota oficial sobre o projeto Rio de Janeiro Resiliente, da defesa civil carioca:

“A Cidade do Rio de Janeiro, em função de suas características geológicas e geográficas já representa, por si só, uma região passível de ocorrência de precipitações pluviométricas intensas e suas possíveis implicações. Some-se a isso, uma cidade bastante adensada que teve um crescimento desordenado durante décadas. Além disso, diversas construções foram executadas em áreas de risco, grande parte delas em morros e encostas sujeitos a deslizamentos. (...) Convém ressaltar que o processo de mudanças climáticas em escala global tem grande probabilidade de aumentar o frequência e intensidade deste tipo de evento adverso e outros eventos associados. Para a Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro, os Deslizamentos de Encostas são o maior problema decorrente das chuvas fortes, em virtude dos Danos Humanos (mortos e feridos) causados por este desastre.”

Fique atento: conhecer as orientações da Defesa Civil do seu estado e do seu município pode ser uma parte importantíssima do seu plano pessoal.

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CALAMIDADE.NET

Por Augusto Campos, Administrador, especialiasta em Gerenciamento de Projetos, criador do site Efetividade.net.

Preparação básica

  • Informe-se sobre os riscos potenciais da sua região.
  • Identifique abrigos e rotas de fuga.
  • Planeje como suportar emergências em casa e fora dela.
  • Selecione os equipamentos e suprimentos necessários.
  • Crie um plano de comunicação familiar.
  • Conheça e acompanhe os sinais de alerta.

Identifique os seus riscos

Inundação, deslizamento, desabamento, tempestade, vendaval, tornado, furacão, blackout prolongado, falta de água prolongada, interrupção nos transportes, bloqueio de acessos, interrupção de serviços de saúde, vazamento tóxico, etc.